Condições, Modos e Focos de Consciência


    Condições de consciência
     São as condições em que o organismo humano se encontra, no momento exacto da incidência de informação.
 
     Vigília Normal - situação natural da maioria dos instantes das nossas vidas, em que o organismo apresenta um estado de saúde estável e equilibrado. No entanto, o organismo poderá conter efeitos patológicos desde que estes não favoreçam desarranjos no sistema emocional, nem desordem ao sistema mental.
     Vigília Alternada – situação em que o organismo ou apenas o organismo psíquico (mente) apresenta algum desequilíbrio, como o stress, a ansiedade, o nervosismo ou a carga emocional energética. É de realçar que esta não é uma condição em que o indivíduo perde totalmente o equilíbrio das actividades cognitivas.
     Sono com Sonhos – a consciência pode ser constatada na circunstância dos sonhos, quando, na condição normal de vigília,  se recuperam alguns registos da actividade mental desenvolvida durante os sonhos lúcidos.  


    Modos de consciência
     A formação de diversas emoções, devido às situações decorrentes do dia-a-dia, produz diferentes efeitos no organismo, os quais se manifestam de três modos.
     Passivo - é o estado interior em que o sujeito manifesta indiferença face às ocorrências em seu redor, seguindo um comportamento habitual e automático. Este modo de consciência está estritamente relacionado com os actos involuntários, comandados pela espinal medula.
     Activo - estado activo de consciência em que o indivíduo dá conta de si e de boa parte do ambiente que o rodeia. Corresponde ao pleno poder da concentração, sendo, por isso, pouco comum.
     Ausente - o organismo psíquico entra num estado de total relaxamento, sem qualquer stress, conseguindo anular algumas expressões da mente, ao ponto da pessoa perder contacto com o momento presente e não dar conta da própria continuidade cognitiva. Pode ser considerado um breve momento de inconsciência.

    Focos de Consciência
     Indicam a relação existente entre a consciência e o alvo a que o sujeito se dirige.
     Central – focagem directa no alvo, como, por exemplo, ao escutar música e ler.
     Periférico – o objecto está fora do foco, mas apresenta-se como pano de fundo, por exemplo, em conversas paralelas.
     Distante – momentos de distracção intensa. Usualmente, refere-se que a pessoa observada está a divagar. Normalmente, os elementos periféricos do foco da consciência competem com o alvo principal, tentando desviar o foco central para si, para que o sujeito dê mais atenção a determinada informação. Esta função é manifestada na publicidade, em que a criatividade e originalidade utilizadas procuram desviar a atenção do público, tornando central o foco periférico, interferindo na consciência do indivíduo. Estas condições, modos e focos de consciência afectam significativamente o modo como o ser humano é influenciado e influencia o meio que o rodeia.