Modalidade Sensorial

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   De acordo com o sentido pelo qual nos chega a informação, podemos reconhecer uma memória visual, olfactiva, auditiva, gustativa e táctil. Um facto recordado pode, por isso, localizar-se em áreas distintas do nosso cérebro, tais como na zona da linguagem, da visão e do tacto. 
   As memórias relativas à recordação de odores são especialmente intensas e emocionalmente mais fortes. Um odor que tenha sido encontrado uma única vez na vida pode-se relacionar como uma única experiência e, desde aí, a sua memória pode ser invocada automaticamente sempre que se reencontrar esse odor. A primeira associação feita com um odor influencia a formação de associações subsequentes, ou seja, existe uma interferência proactiva, como é o caso da aversão a um tipo de comida. Relativamente às associações visuais ou verbais, verifica-se a ocorrência de uma interferência retroactiva, dado que estas facilmente são perdidas quando surge uma nova associação. Este tipo de interferência ocorre depois de memorizarmos o novo número do nosso telemóvel, visto que dificilmente nos lembraremos do antigo.
   Dependendo do estímulo a memorizar, podemos também identificar a memória para as palavras, rostos, formas, etc. A aptidão para reter cada tipo de informação depende das estruturas cerebrais de cada indivíduo. 
   É de salientar que quanto maior for a complexidade da informação recebida do ambiente, maior será o trabalho cerebral a executar. A maioria da informação armazenada na memória baseia-se em imagens mentais ou sons e, como tal, estes dois sentidos assumem particular importância na memorização sensorial.